Cigarro eletrônico ou convencional: ambos são do mal

Saiba como prevenir as doenças bucais.

Todo mundo já sabe que fumar faz um mal danado à saúde, mas se você já é fumante, trazemos aqui um alerta importante. Trata-se de uma nova moda, principalmente entre os jovens, que tem causado muita preocupação: o cigarro eletrônico.

Proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o DEF (dispositivo eletrônico para fumar) tem sido considerado pelos fumantes como mais seguro que o cigarro convencional. Mas esse é um grande engano, pois o Vape, como também é conhecido, possui substâncias alergênicas, explosivas, teratogênicas (responsáveis por malformações no desenvolvimento embrionário ou fetal) e cancerígenas.

O cigarro eletrônico contém uma bateria e uma resistência que aquece o líquido em seu interior. O Dr. José Henrique de Oliveira, cirurgião-dentista e diretor aqui do INPAO, explica que esse líquido que fica dentro do DEF contém nicotina: a pessoa aspira da mesma forma como faz com o cigarro comum, apenas sendo expelido vapor em vez de fumaça.

“O cigarro eletrônico possui concentração de nicotina diminuída e a pessoa que o utiliza fica exposta a uma quantidade menor de substâncias tóxicas. Porém o produto não é inócuo e o usuário não está protegido de malefícios ou consequências”, alerta o especialista, ressaltando ainda que o dispositivo pode causar dependência assim como o cigarro comum.

A saúde bucal do fumante

A visita periódica ao dentista pode ser um bom início para evitar ou minimizar as doenças causadas pelo cigarro eletrônico, que são as mesmas do cigarro convencional: halitose (mau hálito), manchas nos dentes, perda dentária por comprometimento periodontal (suporte ósseo e gengival dos dentes), dificuldade de cicatrização de lesões bucais (aquecimento bucal) e câncer bucal (aqui incluídos lábios, mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca).

De acordo com as estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer bucal está entre os 10 tipos mais frequentes da doença: são 14 mil novos casos por ano.

Medidas para prevenir doenças bucais

  • Visitar o dentista a cada seis meses;
  • Fazer uma boa higiene bucal;
  • Evitar bebidas alcoólicas;
  • Evitar a associação entre bebida alcoólica e cigarro;
  • Se já for fumante, procurar ajuda para parar de fumar;
  • Manter dentes e próteses sempre em bom estado;
  • Usar protetor labial;
  • Fazer sexo oral com proteção (camisinha);
  • Preferir alimentação saudável.

“A recomendação é não fumar, mas se a pessoa já criou o hábito ou vício, o melhor é ter consciência dos danos e fazer a prevenção e acompanhamento com seu dentista”, avisa o Dr. José Henrique de Oliveira.

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